Já estava a dois dias nessa casa e estava sendo um puro tédio sem ter nada para fazer a não ser assistir TV. Também faziam dos dias que não via o rosto do homem que me trouxe aqui e o único rosto que via era de uma mulher que me trazia as minhas refeições.
Quando percebo que a porta vai ser aberta abro um sorriso imaginando que seria a mulher que me trás comida, mas para minha infelicidade não era ela.
__ Feliz em me vê? - O homem que se não fosse um bandido seria perfeito.
__ Você não imagina o quanto. - Respondo irônica.
__ Que bom, fico feliz em saber. - Ele devolve no mesmo tom.
__ Você não tem nada para fazer não, em vez de me incomodar com a sua presença irritante? - pergunto sem muita paciência.
__ Você acha mesmo que eu viria te ver se não fosse para falar nada? Me poupe né garota, pensei que fosse mais esperta.
Não sabia exatamente o porquê mais aquelas palavras acabou me chateando. Pois suas palavras me fizeram me sentir uma pessoa insignificante e eu odiava me sentir assim e logo quando você é do signo de câncer, piora tudo.
__ Então diz logo o que você tem para me falar. - Falo.
__ Resolvi te dar um passe livre pela casa já que ela é afastada da cidade e ninguém mora por perto, sem contar que é cheia de seguranças.
__ Para quê tantos seguranças? Medo de que as famílias que você destruiu venham se vingar de você? - pergunto.
__ Não mecho com pessoas inocentes, então acho bom que você controle sua língua caso não queira ser a primeira!
Fico em silêncio ao perceber que ele não estava para brincadeiras e se tem algo que irei ter que aprender é a controlar minha língua aqui caso eu não queira ser morta.
__ Poderei fazer tudo que eu quiser na casa? - pergunto.
__ Faça de conta que é sua. Mas respeite minha privacidade e não quero você próxima a mim.
__ Medo de se apaixonar? - pergunto irônica.
__ Sem chance! Nunca me apaixonaria por você. Você não faz o meu tipo e já amo alguém que isso fique bem claro.
Não sei quem tem mais bost* na cabeça: se é eu ou ele. Eu porque falo as coisas sem pensar e ele porque acredita nas minhas heresias.
Saio do quarto e caminho pelo um longo corredor cheio de portas suponho que seja os quartos. Desço uma escada e depois de caminha um pouco vejo uma sala com uma enorme porta, a abro e vejo uma enorme biblioteca repleta de livros.Sento em uma das poltronas que ali havia e começo a lê alguns livros e me sentia como se estivesse em um mundo mágico, pois sempre amei ler bons romances entre outros.E cada romance que que eu lia lembrava do Sr. sapo.Se antes era difícil encontrar você, digamos que agora está impossível.
Não sabia exatamente o porque de está pensando constantemente no Sr. sapo, mas ele simplesmente não saía da minha cabeça.
E nunca nem um homem me fez sentir essa sensação que ele me fez sentir. Para mim era algo novo e meu coração anseia em o encontrar.Saio dos meus pensamentos quando a porta de repente é aberta.
__ O que está fazendo aqui? Já era para está dormindo. - Ele fala autoritário como sempre.
__ Você disse que eu poderia ficar onde eu quisesse. Aliás qual o seu nome? - pergunto.
__ Para que isso importa? - Ele pergunta indiferente.
__ Porque toda vez que você fala comigo não sei como te chamar , simples assim. - Respondo.
__ Nicolas. - Ele responde baixo.
Será que tudo nesse sei lá o que tinha que ser bonito?
__ O meu é ... - Sou interrompida pois ele não me deixa falar.
__ Eu sei mais coisa sobre você do que você pode imaginar Laura. - Ele fala com um sorriso sarcástico.
Confesso que isso me assustou um pouco, como ele sabia meu nome?
__ Me faz um favor? - pergunto tentando ser dócil coisa que eu não era.
__ Não é do meu feitio fazer favores. - Ele diz sentado na poltrona com um livro.
__ Me deixa avisar a minha família que estou bem, por favor? - Suplico a ele.
__ Eles sabem disso. Agora lembre-se que disse que não queria você próxima a mim. - Ele fala calmo.
__ posso saber porquê? - pergunto com deboche.
__ Sua presença me irrita. - Ele diz me olhando sério.
__ Seu idiota, mafioso, bandido covarde. - Grito tudo que estava entalado na minha garganta.
me apronto para sair dali.
Mais sou puxada pelo braço e empurrada na parede por ele.Que agora segura meu braço com força enquanto levanta uma mão, acredito que para me bater mas logo em seguida abaixa, e o seu olhar me causava medo.__ Minha paciência tem limite Laura, e acho bom você não brincar com ela, pois não sou um bandido qualquer como você me chama mas sim o filho do capo, pronto para assumir esse cargo em breve.
__ Você está me machucando. - Falo quase em um sussurro enquanto as lágrimas caíam.
__ Que isso não se repita pois não gosto de machucar mulheres. Agora some da minha frente. - Ele diz exalando fúria.
Se uma coisa que não tinha e agora tenho era medo desse ser que o odeio com todas minhas forças. Olho para o meu pulso e vejo que ficou roxo com leves marcas de unhas onde ele pressionou.
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