Desliguei o celular e fui dormir.
Quando acordei, já era pleno dia.
Tomei café da manhã e fui retomar a minha casa.
Esperei encontrar um lar limpo, arrumado, e livre das três pragas nojentas que o haviam invadido.
Mas, ao abrir a porta da frente, fui surpreendida, mais uma vez, pela audácia descarada deles.
Havia serpentinas coloridas espalhadas por todo canto. Fotos de aniversário do menino cobriam as paredes. Serena, vestindo meu conjunto Chanel e meu colar de diamantes sob medida, da Graff, circulava entre os convidados como se fosse dona da casa.
A música ensurdecedora que ecoava pelas caixas de som fazia minha cabeça latejar.
A casa estava cheia de estranhos; pessoas que eu nunca tinha visto na vida.
Dançavam, riam, bebiam, e transformavam cada cômodo num cenário de absoluto caos.
Meus livros tinham sido arrancados das estantes, e os documentos das gavetas foram jogados por todo lado.
Meus itens decorativos caríssimos passavam de mão em mão como se fossem brinquedos. Alg