Eu esperava nervosamente sentada na cadeira pouco confortável. Olhei no relógio inúmeras vezes, ansiosa. Ele estava atrasado. Até que o vi, com o uniforme cinza escuro da prisão, as algemas nas mãos, andando tranquilamente na minha direção.
Quando Hades sentou-se na cadeira à minha frente, nós dois separados por uma tela, deu um sorriso de canto de lábios:
- A que devo a honra?
- Oi... – Falei, sem jeito.
Eu estava fazendo aquilo sem que ninguém da minha família soubesse, pois sabia que não aceitariam que eu fosse procurá-lo depois de tudo que houve.
- Se quer saber, ainda acho que foi Theo quem deu o tiro na velha. – Falou.
- Foi comprovado que você apertou o gatilho, Hades, matando Anya.
Ele riu, balançando a cabeça:
- Engraçado, não acha? Sandro matou o padrasto. Eu matei a minha mãe. Será que mais alguém da nossa família matou um parente no passado?
- Se os ancestrais dos Hernandez foram tão filhos da puta quanto estes, creio que sim.
Ele respirou fundo, perguntando de forma genti