04

Neurótico

Quando me mudei para São Paulo além de abrir minha empresa, eu comprei uma boate para fazer reuniões também.

Sou italiano e tenho uma empresa de negócios, os povos acham que eu herdei mais pelo contrário eu construí meu próprio império, sem ajuda de ninguém.

Me mudei para São Paulo com a minha família toda na Itália e eu vim com a cara e a coragem, sem os dinheiro dos meus pais.

Mando em uma das maiores empresas de São Paulo, os italianos são muitos possessivos, nunca fiz questão de mulher nenhuma a não ser para me satisfazer.

A dançarina da boate, a Naty odiei que ela dança para vários homens. Ela vai ser minha.

Fui para boate e esperei a dona vim falar comigo.

Fernanda — Que bom que voltou senhor Neurótico, oque deseja? — uma das minhas sócia falou.

Neurótico — Quero saber mais sobre a dançarina, a Naty.

Fernanda — Ela trabalhar aqui, desde que chegou em São Paulo, o senhor não chegou a ver ela.

Neurótico — Quero tudo sobre ela.

Ela sentou do meu lado, e começou a falar tudo que ela chegou aqui em São Paulo mais não tinha nem lugar para trabalhar aí ela e a Talita acolheu ela

Sair da boate e fui para minha empresa, tinha que resolver umas coisas que tava pendente ainda.

Ares — Tava onde? — falou me olhando.

Neurótico — Sou seu homem não caralho.

Passei direto para a minha sala, não tava afim de conversar comigo.

Ares — Tá perseguindo a garota né? — meu amigo entrou na sala, considero ele como um irmão.

Neurótico — Tô mesmo, até parece que você não faz o mesmo?

Ares — Eu faço, mais não assim.

Foda - se é obcecado pela Clara, mais nunca fez questão de fazer ela se apaixonar por ele, preferiu levar a garota a força.

Neurótico — É um sujo falando do mal lavado — falei saindo ouvindo ele reclamar.

Fui até a boate sabia que a essa hora ela já estaria lá, eu já sabia de cada passo que ela dava.

Cheguei lá na boate na ponta do pé, e vi ela retocando o batom.

Naty — Aí que susto — botou a mão no peito, respirando fundo.

Neurótico — Se assusta não — falei beijando o pescoço dela — tirar isso da boca pô — tomei o cigarro da mão dela.

Naty — Oque você quer de mim?

Neurótico — Já falei que quero você — puxei ela para mim.

Naty — Não beijo na boca — virou o rosto — e não sou prostituta, sim dançarina.

Neurótico — Topa sair comigo amanhã?

Naty — Topo — falou e eu estranhei, achei que ia levar um não na cara.

Neurótico — Achei que não ia aceitar, já ia tentar te convencer.

Naty — As vezes é bom conhecer pessoas novas — falou sorrindo.

Naty ❌️

Eu tinha um péssimo defeito, quando tava nervosa fumava igual uma louca e agora eu tava muito estressada e triste também.

Hoje faz 6 anos que tudo aconteceu, todos os dias os mesmo pesadelo e eu não aguentava mais.

Respirei fundo, hoje eu só queria tá na minha caminha longe de qualquer coisa, mais não sou rica e o trabalho chama.

— Tá bem? — Nandinha perguntou.

Naty — Sim — sorrir fraco sem mostrar os dentes.

Fiz a apresentação torcendo para acabar logo, queria ficar com a minha mãezinha sei o quanto é difícil para ela também.

⏰️

Cheguei em casa minha mãe tava deitada no sofá, me abaixei perto dela e comecei a chorar.

Nina — Não foi culpa sua meu amor — beijou a minha cabeça.

Naty — Mais se eu não tivesse me relacionado com ele nada disso teria acontecido né mãe?

Nina — Ninguém ia adivinhar minha fia — alisou meu cabelo.

Eu comecei a chorar de soluçar mesmo, subi para meu quarto e peguei a única roupa que ficou dela e abracei chorando, é a pior dor que alguém poderia sentir.

Acabei pegando no sono, e o mesmo sonho de sempre.

— Você não merecia ele, eu tirei ele de você por isso.

—  Não tinha esse direito seu monstro, eu te odeio eu queria te m@tar — falei soluçando — você vai me pagar por tudo.

— você não pode fazer mais nada por isso — sorriu amargo — eu amei ver a sua dor, falei que se terminasse não ia gostar do que ia acontecer.

Eu acordei toda suando, ofegante e pedindo para Deus tirar aquele sonho de mim, eu não queria mais ter esse maldito pesadelo.

Desci e minha mãe já tava acordada, dei um beijo na cabeça dela e peguei uma xícara colocando Café.

Nina — Bom dia minha filha, não é te julgando mais quando vai sair daquele trabalho para seguir seu sonho?

Naty — Aí mainha — passei a mão na testa — a senhora sabe o quanto é difícil né?

Nina — Mais nada impossível.

Conversamos mais já tava na hora de eu ir para boate, hoje ia ser mais cedo as coisas lá.

Ia ser fechado para uma reunião e eles queriam lá fechado.

Comecei a dançar a música da Anita " no chão novinha" quando a apresentação acabou sair do palco e fui me trocar.

Naty — Tá perdida gata? — falei chamando atenção da menina.

— Aí que vergonha — falou olhando para mim, ela era linda — tô tentando achar o banheiro.

Naty — Tá aqui com quem? — falei mostrando o banheira a ela.

— Com o dono — falou e eu entendi tudo — não é oque você tá pensando, ele é louco ficou obcecado por mim e me levou para morar na casa dele a força, ele é um monstro — falou tudo de uma vez, com os olhos cheios de lágrimas — Aí desculpa jogar tudo em você assim.

Naty — Não tem problema — me aproximei abraçando ela — posso te da meu número, para a gente conversar.

Dei meu número para ela, não demorou nada um dos seguranças dele veio atrás dela, e real aquela menina tá sofrendo fiquei com tanta pena dela, o pior que não posso ajudar ela a fugir porque ele pode encontrar e matar ela.

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