Olivia
O garçom nos traz a tequila e começamos a beber e conversar amenidades, enquanto eu bebo devagar, Sarah bebe um pouco mais rápido e pouco tempo depois já está bem animada. Lembro que eu costumava amar esses momentos, quando eu estava fora de casa e podia esquecer todos os meus problemas, mal sabia eu, que os meus problemas eram por causa da mulher sorridente na minha frente.
Deus, como eu, era ingênua. E por causa disso, perdi tantas coisas.
— Sarah, você foi visitar Robert? — pergunto.
— Não, eu não fui. — responde despreocupada.
— Eu também não te vi no julgamento dele. — continuo.
— É, eu não fui.
— Sabe, ele foi condenado. Vai passar o resto de sua vida em uma cela, nem sua família poderá visitá-lo. — digo.
— Ele era um cara legal, foi um grande azar que acabasse assim. — responde com indiferença.
— Antes de ser levado, ele pediu para falar comigo. — digo.
Isso chama sua atenção e ela me encara.
— Você foi ao julgamento? — pergunta surpresa.
— Sim, apesar de não termos mais