Pov's Samuel Heughan
Depois de tomar uma ducha quente, escovar os dentes e vestir-me, saí do quarto para a cozinha, encontrando um dos guardas entregando algumas sacolas para a Srta. Carson.
— Obrigada Molder. — Ela disse agradecida ao segurança.
— Não tem de quê senhora. — Ele lhe deu um sorriso gentil e saiu.
De verdade me deixava louco o modo como ela conseguia se socializar com tanta rapidez, mas deixando aquilo de lado, minha atenção se voltou para o garoto quê armava um alboroto na sala.
— Que bagunça é essa? — Digo ao ver toda a minha decoração espalhada pelo piso e meus móveis danificados por algo que depois descobri ser tinta.
Eu queria matar o menino, pendurar a secretária e amaldiçoei quem teve a ideia de girino de deixá-lo em minha porta.
— Senta, vamos tomar o café da manhã e discutimos o que vai fazer. — Ela disse tirando algumas caixinhas transparentes e uma garrafa de suco de laranja.
— O quê tem aí? — Perguntei chegando mais perto do balcão.
— Pão na chapa, têm também iogurte natural com frutas. — Ela separou no lado direito do balcão. — Suco de laranja e leite. — Ela terminou.
— Mamãe! — O garoto estava agarrado a sua perna, lançando um sorriso para ela com poucos dentes.
Por um momento cogitei que realmente fosse seu filho, que ela fosse algum tipo de louca e quis me dar alguma lição e por isso deixou a criança na minha porta.
Mas lembrei então de quê já havia estado em sua casa algumas vezes e nunca encontrei nenhuma criança por lá, nem brinquedos.
— Tenho uma teoria.
Ela olhou-me e sentou-se com o menino para dar de comê-lo.
— Ahn?
— Acho que isto aí é ... — Apontei para o garoto se lambuzando com o iogurte. — É seu.
— O quê?! — Ela arregalou os olhos, como se eu a tivesse ofendido.
— Provavelmente sabem que sou seu chefe, por isso deixaram aqui quando não te encontraram em casa.
— Não diga besteira. Eu nunca estive com ninguém. — Ela ri nervosa e eu me pego me intrometendo onde não sou chamado.
— Você é virgem?
— Sou, mas isso não está em discussão. — Ela disse ruborizando.
— Perfeito, estaca zero de novo.
Já começava a arrancar os cabelos, não conseguia mais vê-lo a minha frente.
— O quê eu vou fazer? — Perguntei-a na esperança de uma solução.
— Um teste de paternidade. — Ela respondeu, logo em seguida abocanhando o pão e depois de um tempo um gole do suco.
— Está brincando?
— Não, é o mais lógico não acha?
— Se eu fizer isso, toda a capital ira saber, estará em todos os jornais.
— Vai fazer isso, e vai ainda hoje.
Era praticamente uma ordem vindo dela, antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela desceu do banco e dirigiu-se ao meu quarto.
Eu não conseguia racionar direito, então a segui para descobrir o quê iria fazer.
Há vi dá-lo banho, trocá-lo e por fim penteá-lo e receber sorrisos e beijos do menor. Como ela tinha o controle dele, era algo que não conseguia entender.
Mas por alguns instantes enquanto acompanhava a cena, senti inveja. Nunca tive alguém que me cuidasse daquela forma, nunca fui apegado a minha mãe e odiava profundamente meu pai.
De toda a minha família, apenas Victor, meu primo, era próximo de mim.
A nostalgia pelas memórias e emoções que voltam a minha mente, tomam-me e sem pensar um comentário sai de minha boca.
— Você é daria uma ótima mãe.
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