Eu sei o que ele disse, ouvi bem. “Por que eu goste de você, Angelina. Eu espero por esse beijo desde a época da escola.” Mas sinto como se tudo tivesse sido um delírio estranho.
Ele respira fundo. Parece buscar coragem novamente para dizer o que quero escutar outra vez.
— Eu disse que gosto de você. — morde o lábio.
Volto o meu olhar para a sua direção, onde encontro os seus olhos me sondando em busca de alguma reação. E como é a bagunça que me ronda, é tendo ela como base que o respondo.
— E só agora se deu conta disso? — meu tom soa mais afetado do que eu quero — Só agora, depois de anos?
Vejo a tensão empurrar de uma vez só a leveza para bem longe, pegando-a de surpresa.
— Eu… Disse que sempre esperei pelo teu beijo — a sua voz soa fraca, como se a minha acusação tivesse lhe acertado em cheio.
— Eu ou