Capítulo 20

Ele se lamentava porque parece que finalmente se tocou que começar a participar da banda foi um erro. 

Por conta de ter ido mal nas provas finais, precisava tirar onze em biologia, algo impossível. 

Minha mãe me olhou e logo disse que segunda-feira sairia o resultado do vestibular e já que eu seria a única a ir para a faculdade no próximo ano, então ela esperava não se decepcionar, eu também esperava.

Passei boa parte da madrugada lendo o livro que comprara e a cada página lida eu escrevia uma nova página do meu livro.

Agora ele já tinha cento e noventa páginas e eu decidi manda-lo para Natália. Ela sempre foi uma boa leitora dos meus projetos de livro que, normalmente, não passavam de trinta páginas.

Não estava finalizado, mas as coisas já tinham tomado o seu rumo, para um final feliz, mas não perfeito, dentro da realidade. 

Quando tinha treze anos eu gostava de livros de bruxos e vampiros, conforme amadureci percebi que essas histórias não me fizeram bem. 

Cheguei a acreditar que poderia, como um milagre, acordar como vampira no dia seguinte. Agora eu estava lendo as páginas do meu velho diário. 

Só queria um amor de verdade, queria me tornar vampira ou bruxa... Cansei de ser trouxa. 

Como um milagre ser mordida e acordar podendo correr rápido, sendo indestrutível e podendo viver com o meu amor.

Não poderia engravidar ou sair ao Sol ou conviver com humanos, mas se estivesse tão apaixonada, isso não me faria falta, não é mesmo?

Escrevi isso há cinco anos, agora eu estava segurando o riso para não acordar ninguém. 

Encerrei a noite de sábado no maior clima de nostalgia e a Renata também. 

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