Seis e meia da manhã Nicolas foi até meu quarto e abriu as cortinas. Parecia que meus olhos iam pegar fogo.
— Nic. Você não pode ficar sozinho. – Me escondi em baixo da minha coberta.
— Não conta para a vó, mas ela comprou um vestido bem bonito pra te dar de presente, e eu acho que não vai entrar.– Ele afinou a voz. — É beeeem fininho.
Rita tinha mesmo o costume de dar roupas caríssimas de presente. E mesmo que Nicolas estivesse mentindo eu queria começar logo meu dia, e já que ele estava com tanta alegria assim eu iria com os dois pés nas costas da preguiça.
— Só se você for comigo. – Sentei na cama meio grogue.
— Ah não. Vou ajudar o vô a fazer um bolo pra vó Rita.
Nicolas deu uma risada estranha e saiu do quarto. Fiz minha higiene e me arrumei, dessa vez coloquei tênis novos, prendi firme o cabelo em um rabo, peguei minha garrafinha, fones de ouvido, celular e saí de casa.
O dia estava nascendo, e pelo jeito a temperatura só ia cair mais ainda. Como de costume escolhi uma boa mú