Arthur Bianchi
Limpo o corte da minha testa. Coloco um curativo e olho para meu rosto refletido no espelho.
Tem um corte na minha bochecha, no supercílio, no lábio e um olho roxo. Pelo menos não tive uma concussão.
Minha mãe está a meia hora surtando sobre a briga.
Desço as escadas e vou para a sala. Sei que teria que conversar com eles mais cedo ou mais tarde.
__ Arthur! - ela grita assim que me vê - o que você fez foi muito errado!
__ Errado nada, fez foi certo, e muito bom.
__ Que muito bom, Joseph?
__ Deixa o menino brigar, quebrar a cara, faz parte da vida. Ainda bateu naquele insuportável.
__ Seu sobrinho.
__ Meu sobrinho insuportável!
__ Ele o jogou da escada.
__ Deveria ter jogado de um prédio. Muleque chato pra caralho! - minha mãe aponta o dedo para ele, como se dizendo que iriam conversar depois.
Anne se senta do meu lado e coloca a mão no meu ombro. Sinto um pouco de dor, mas prefiro não dizer nada.
__ Isso nunca ocorreu antes filho. Quer me contar o que acon