O Assassino da meia noite parte l

Dois dias depois do ataque da sereia retornamos para a rotina de trabalho, Beto nos deu essa folga devido o esgotamento que ficamos.

- Bem vindos de volta equipe, estou feliz e aliviado que todos estão bem e inteiros.

- E é ótimo não ser o único agente aqui pessoal haha

- Hey Lian, sou velho mas dei conta também haha. Sinto dizer mas temos trabalho, e muito trabalho, esses dois dias que ficaram fora foi um tumulto de coisas pessoal.

-cinco policiais mulheres foram assassinadas e duas juízas.

- Uau... Mas por que veio parar no DCD?

- Boa pergunta Will, o assassino é algo não alguém.

- Outro monstro?

- Um animal pra ser mais preciso Kathy.

Beto nos entrega os relatórios com a foto do tal animal.

- Como podem ver parece um morcego gigante...  Na verdade, uma das vítimas conseguiu tirar antes de ser morta.

- Foi a única foto?

- Sim Carl

Olho para a foto e sinto calafrios.

- Que coisa feia!

- Sugiro que você fique aqui, você é policial e mulher.

- O que? Não vou ficar fora do caso Nill.

- Não temos certeza se é apenas policiais Nill, Preciso de todos vocês no caso, inclusive Kathy...

- Quem manda é o chefe, então vamos lá.

- chefe, eu concordo com Nill, Kathy ainda não lidou com criaturas assim antes e ainda por cima assassina de políciais.

- Espera aí Carl até você? Vocês esqueceram que sou agente do DCD, assim como vocês?

- Eu concordo... Kathy está aqui para a mesma função que vocês... e outra coisa vai ser ótimo pra ela ir se aprimorando, já que vai trabalhar por um longo tempo aqui.

- E você Will?

- Acho que ela deve vir, é uma oportunidade pra ela aprender com os melhores haha.

Todos ficam discutindo sobre o caso, fico furiosa pelos rapazes não quererem que eu participe da operação, mas Beto e Will não concordam que eu fique de fora.

- Kathy você vai com Nill para ala leste da cidade, onde ocorreu os dois últimos assassinatos. Will  você irá até a ala norte onde ocorreu os três primeiros assassinatos. Carl você fica com o centro da cidade, com as duas que faltam.

Todos concordam e seguem para seus destinos. Nill e eu vamos em direção a garagem.

- Que tal irmos de moto?

- Moto? Desde quando você anda de moto?

- hahaha, você não sabe nada sobre mim Nill, comprei ela faz alguns dias, faz tempo que sonho com uma Ducati.

- Uau! Ducati? essa moto é muito linda.

Ao chegarmos na garagem Nill fica maravilhado com a minha Ducati preta.

- Sinceramente... Você deve ficar muito sexy nessa moto Kathy.

-Haha você acha é?

Vamos, nela a gente chega mais rápido.

- Me dá a chave, eu te levo.

- Tá louco? Nem nos seus sonhos eu vou deixar você pilotar minha moto.

- Nill cruza os braços e me observa montar na moto.

- Você vem ou não? Tá com medo de vir comigo?

- Eu tenho motivos pra ter medo ?

Nill monta e segura no meu quadril e cintura maliciosamente... Conforme Nill dá leves apertos, eu acelero... Com suas mãos firmes me fazendo ficar com formigamentos em todo corpo. Chegando no local Nill desce da moto e antes que eu faça o mesmo, Nill tira o capacete e se aproxima de mim.

- Até que não foi tão ruim

- Haha, deu pra notar pelos apertos no meu quadril e cintura.

Nill me entrega o capacete e ao pegá-lo ele não solta, ficamos nos encarando por alguns segundos até ele soltar.

- Vamos senhorita?

- Vamos lá!

Nill e eu passamos horas vasculhando o local, uma rua aparentemente tranquila.

- Por que essa rua? aqui é tão bonito e calmo.

- É um lugar perfeito para matar alguém

- O mais incrível de tudo é que ninguém nunca escuta nada.

Nill encontra marcas de garras nas paredes, algo que passou despercebido pelos olhos dos investigadores "comuns".

- Olha isso Kathy, são arranhões.

Pego uma pince e retiro da parede alguns pêlos, aparentemente de algum animal.

- Isso é pêlo?

- Não parece pêlo de gato.

- Vamos levar pra análise.

Me afasto por um momento de Nill analisando o restante do local, quando de repente noto alguém me observando.

Olho para trás para verificar se Nill está perto, mas ao voltar o olhar para onde a pessoa estava e não há mais ninguém.

- Estranho!

- O que é estranho?

Nill se aproxima de mim me assustando, segurando alguns sacos com evidências.

- Nossa! Você me assustou Nill.

- Por que?

- Nada, eu só estava concentrada, Vamos?

- Vamos lá

Vamos embora e entregamos os materiais para o chefe e todos seguimos para casa.

Ao chegar na porta do meu apartamento percebo algo estranho, uma marca de garras na porta. Quando abro a porta o gato da vizinha pula em meus pés.

- Ahh... Ai gatinho, você me assustou sabia?

- Desculpe... Ele ter te assustado, sabe como são gatos. haha

Uma vizinha vem até mim pegando o gato no colo.

- Ele é fofo!

- Ele está estressado, arranhando tudo... Você é nova aqui ? De onde você é?

- Sim sou, mudei à poucas semanas, sou do Brasil.

- Seja bem vinda! O que precisar estarei aqui para ajudar. Você irá gostar daqui, somos amigáveis.

- Obrigada!

Entro no meu apartamento e encontro minha filha desenhando com sua nova babá, o que me deixa muito tranquila em ver que estão bem.

Os dias se passam e as investigações se tornam cada vez mais difíceis.

-Já se passaram quase um mês e não conseguimos nada

-A criatura não atacou também, isso é bem estranho.

- É verdade Nill, mas pode ser que  ela esteja com medo.

- Ou se preparando para atacar alguém específico.

Os rapazes ficam pensativos ao ouvirem o que digo. Beto entra na sala com alguns papéis.

-Pessoal! Preciso que vocês cubram um evento essa noite, todos os policiais estarão ocupados em um outro evento da cidade. Uma banda irá tocar essa noite no club Dreams e preciso que todos vocês fiquem de olho.

- Até que fim algo prazeroso hahaha. - Will fica eufórico com a notícia.

- Não é só diversão Will, é trabalho também, mas não discordo irão se divertir escutando as músicas.

- Diversão e trabalho nunca combinam chefe!

- Relaxa gatinha! Você está comigo.

- Esse é meu medo Will.

Todos riem de Will. Ao anoitecer nos preparamos e vamos até o clube.

- Bom... Vamos ver o que irá acontecer de interessante. 

Olho para os lados tentando me familiarizar.

- É tudo tão diferente do meu país.

- Você se acostuma. - Carl chega com algumas bebidas.

- Prefiro não beber Carl, estou de moto e também trabalhando.

- Ahh Kathy, estamos cobrindo  alguns policiais apenas. - Nill bate de leve no meu ombro com o seu.

- Não obrigada. Vou ao banheiro, já volto.

Ao chegar no banheiro percebo que alguém me segue.Tiro a arma da cintura. No mesmo instante uma criatura pula em cima de mim me arrastando pelo chão, ela se afasta e logo depois retorna para mim.

A criatura com olhos vermelhos e dentes afiados se aproxima murmurando algo. Atiro várias vezes, mas ela é muito rápida, acerto uma bala, porém a criatura sai voando e quebrando parte do teto.

Saio correndo com a testa ferida e sangrando,ao perceber meu corte tiro minha jaqueta preta e coloco por cima para que ninguém perceba.

- Kathy o que aconteceu? você tá bem?. -Will fica assustado ao me ver.

- Vamos ao banheiro, agora.

Todos me seguem preocupados.

- Ao chegarmos no banheiro todos ficam chocados com a cena de destruição.

- O que aconteceu aqui Kathy?

- A criatura me atacou Nill ,acertei uma bala nela mas ela fugiu.

- O que? mas você tá bem?.- Carl me analisa me deixando muito sem graça.

- Calma Carl! tô bem, só foi um corte eu vou sobreviver 

- Como ninguém não ouviu nada?.- Nill olha para os cacos de vidro e buraco no teto.

- Com o barulho que tá lá fora? Duvido escutarem... vou  ficar na porta bloqueando quem quiser entrar, Carl analisa o local tá?. - Will fica de pé na porta do banheiro.

- Tá bom

-Vou te ajudar Carl

- Negativo! Nill leva ela até o carro e faz um curativo nessa testa machucada.

- Não precisa Will, eu tô bem.

- Isso é uma ordem Kathy

Nill segura no meu braço e diz:

- Melhor obedecer!

Vamos até o carro e encosto na porta, Nill fica muito próximo de mim, sinto sua respiração nos meus cílios.

- Vou fazer isso rapidinho tá

- Ai Nill isso arde!

- Não acredito que você seja tão sensível assim. haha

- Não sou sensível, só não gosto de sentir dor é diferente.

- Prontinho senhorita!

Nill verifica minhas costas, Seu toque causa calafrios por todo o meu corpo.

- Suas costas estão bem machucadas.

- Vou ficar bem,não se preocupe.

Nill fica com seu rosto próximo demais ao meu, sinto sua respiração nos meus lábios, mas somos interrompidos por Carl e Will.

- Nill você leva Kathy pra casa, Carl e eu ficaremos aqui até o show acabar!

- Eu tô bem Will, posso ficar aqui até o final do show,sem problemas. E tem minha moto também.

- Vem Kathy, eu te levo. - Nill pega minhas chaves.

- Eu te disse que ia andar nela haha

- Cala a boca Nill.

- Você se machucou é bom ir no hospital você não acha ?

- Não precisa Nill, estou bem.

- Aproveita pra ficar com tua filha, descansar.

- Aliás você não disse o nome da pequena pra gente.- Carl cruza os braços e olha para mim atentamente .

- Blanc

- Lindo nome, é francês né?

- Sim Nill, Mas ela não tá em casa, hoje ela foi dormir na casa de uma prima minha.

- Não sabia que tinha parente aqui.

- Ela mora aqui à alguns anos Will, ela tem uma filha da idade da minha, então Blanc quis ir dormir hoje lá. Não vou estragar a festa do pijama.

- Você vai ficar bem sozinha?

- Vou ficar bem Nill.

Vamos para meu apartamento e quando chegamos lá a porta está aberta e tudo bagunçado. Fico desesperada.

- Meu Deus! O que aconteceu aqui? Se a minha filha estivesse aqui Nill?  Se acontece algo com ela eu morreria.

Começo a chorar e Nill me abraça forte!

- Calma! Não aconteceu, ela tá bem e você vai ficar bem, vou cuidar de você.

Nill liga para os rapazes que vão imediatamente para meu apartamento, achamos melhor eu não dormir lá, pelo menos até arrumar tudo e colocar fechaduras novas.

- Já está amanhecendo, eu vou para casa da minha prima,tomo banho e descanso um pouco. Encontro vocês na divisão amanhã.

- Quer que eu te leve?

- Não precisa, vou ficar bem Nill, obrigada!

Os rapazes saem. Mando uma mensagem para a babá da minha filha para que não vá para meu apartamento e sigo para casa da minha prima.

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