TIMMY
— Eu não me importo se você dormiu ou fodeu, Timmy — Meia-noite resmungou, a voz carregada de desdém, mas também com a autoridade de quem comanda tudo ao redor. — Você é um membro da minha gangue, e quando eu te chamo, você vem.
As palavras ecoaram no ar, e eu senti o peso sobre os meus ombros. Não havia escolha aqui, não havia espaço para questionar. Ele podia ser um filho da puta, mas sempre foi claro sobre o seu poder, e ele gostava de deixar isso bem óbvio. Eu respirei fundo, tentando controlar a raiva.
— O que aconteceu? — Perguntei, não querendo perder tempo com a discussão.
Foi então que foi Gutemberg quem respondeu, e a maneira como ele falou fez um calafrio passar por mim. Ele estava com um tom mais grave do que o normal, a voz carregada com algo mais profundo, quase uma sensação de desconforto.
— Alguém entrou em um dos galpões ontem... e roubou toda a droga. — Ele disse, a tensão na voz dele não disfarçada. Eu podia ver a preocupação no olhar de Gutemberg, embora ele