- Não lhe devo satisfações do que vou fazer depois que sair daqui. – Foram as palavras duras dele ao me encarar.
Alguns riram do comentário dele e outros me observaram, com um olhar de dó. Aquele garoto conseguia ser bem cruel quando queria.
Quando a aula acabou e todos se retiravam, chamei-o novamente:
- Guilherme, poderia vir até aqui, por favor?
Ele veio na minha direção, não demonstrando nada. Nossos olhos se encontraram e eu desviei, guardando meu material:
- Posso saber o que está acontecendo? Você está com algum problema? Posso ajudá-lo em algo?
- Não. Só estou fazendo o que você pediu: me mantendo afastado.
- Eu falei com relação a minha vida pessoal... Não de outra forma.
- Estou me mantendo longe, professora, exatamente como pediu. Caso mude de ideia com relação a isso,