LÚCIA
Fazia alguns dias que Nikolas estava na cidade.
Cidade, nunca imaginei pensar na cidade, como algo longe, distante do meu mundo.
Pois é assim que ando a pensar, acho que nasci no lugar errado.
Nunca havia ido se quer num sítio, agora acordar com o cantar do galo, ver os meus filhos indo à mangueira buscar o leite fresco, conversar com as vizinhas, comer pão quentinho.
Esse lugar já me conquistou.
Mas, não quero ser hipócrita, a presença de um certo alguém aqui, facilitou muito.
Estou com saudade do bom dia dele, a sua pescadinha, que me deixa corada.
Sei que não devo sonhar, mas sim, já sinto algo por Nikolas, não apenas por ele estar a ser maravilhoso com os meus filhos, mas porque o meu lado mulher deseja ele, como nunca desejou nem um homem.
Um desses dias ele tirou o pouco juízo que eu tinha, estava no escritório, de lá, tenho a visão da mangueira, então vi ele chegando. Estava um dia quente, ele tirou a camisa, e entrou debaixo de um chuveiro que existe ali, para eles se re