Meu peito arde e meus olhos me traem. Lágrimas começam a correr pelo meu rosto. O que deu em mim? Deveria estar feliz por minha amiga, na verdade, estou feliz por ela e arrasada por mim. Que deprimente, se agarrar em um crush por longos dois anos, e sofrer quando ele encontra alguém.
— O que foi tudo isso? — parado com os braços cruzados e me encarando com a expressão enigmática, Dominic indaga, arrancando-me do meu torpor.
— O que foi o quê? — retruco, com a voz rouca.
— Essa cena. Pareceu um término estranho, para você, ao menos — dá de ombros.
— Não foi nada — me limito a dizer.
— Ah, foi sim, e como foi. Eu diria que você é apaixonada por ele! Está bem escrito aqui, em negrito — se aproxima e toca suavemente em minha testa com um dedo, gerando um calorzinho na região.
— Impressão sua. Vamos embora, temos muito que resolver — seco os olhos e começo a andar em direção a recepção.
— Certo, se não quer contar vai dar margens para pensamentos livres — estende a mão em rendição e par