Por Matheus (MT)
Hoje é sexta-feira, dia de baile no morro e também de resolver os caos das biqueras. Já tô puto com esses filhos da puta que tão dando derrame. Tão achando que eu sou o quê? Moleque? Chamei o Pé de Pano pra ir comigo até a biquera do meio, que tá me tirando do sério. Esses filhos da puta tão usando as paradas que era pra vender e tão fodendo meu esquema todo.
— Tá indo pra onde assim, todo puto? — Luizinho perguntou, descendo da moto.
— Vou na biquera do meio com o Pé de Pano. Deixei avisado que o prazo pra pagar era hoje, mas até agora nada. Vou lá, e se não tiverem com o dinheiro, vou quebrar geral. Aproveita que tu tá aqui e vai na biquera da rua de trás, dá o papo lá.
— Esses caras tão vacilando faz tempo. Vai lá e dá neles do teu jeito. — Ele me deu um toquinho e segui com o Pé de Pano, que subiu na garupa rapidinho.
Quando chegamos lá, os desgraçados tavam de marola, mas mudaram de atitude assim que me viram.
— Calma aí, patrão, a gente pode explicar! — um deles