Os olhos de Renato eram bonitos, bem diferentes de sua personalidade.
Ele entrou pelo escritório com o mesmo ar de prepotência e olhou em volta, então disse:
— Eu sabia que você ia precisar de mim, eu que cuidava da empresa do meu avô. Voçe, voçe era só uma cuidadora — Ele tocou em um enfeite
antigo de cachorro que balançava a cabeça e o botou de novo na estante torcendo o rosto com desdém — Eu nem sei como demorou tanto a me
procurar!
Suspirei tentando manter a calma, afinal, eu realmente precisava dele.
— Vamos trabalhar juntos, em equipe.
— Equipe? — Ele repetiu a palavra, parecia surpreso — Você não sabe fazer nada!
— Me ensine.
— E por que eu faria isso?
— Por que senão eu nunca vou aprovar nenhuma das mulheres que escolher para se casar, mesmo que o teste diga que está sendo sincero e que
está apaixonado perdidamente pela moça que escolher, ainda assim não a aprovarei.
Ele balançou a cabeça assentindo.
— Eu queria entender a lógica