>PATRÍCIO<
Foi quando Fernando, preocupado, resolveu me procurar. Ele sabia que algo estava errado.Quando apareceu em minha porta, me encontrou como eu estava: mal, desleixado, com a cara fechada e os olhos embaçados pela bebida.— Patrício, você está bem? — Fernando perguntou, preocupado, ao entrar na casa. Ele me viu, o semblante cansado, os olhos vermelhos e o copo de uísque vazio na mesa.Eu olhei para ele, tentando parecer que estava bem, mas eu não conseguia esconder nada. A dor era evidente, e ele sabia disso.— Estou... estou tentando me manter de pé — respondi, a voz rouca, um pouco embargada pela ressaca e pelo peso da situação.— Não, você não está bem. Eu te conheço, Patrício. E isso aqui — ele fez um gesto com a mão, apontando para a garrafa vazia — não vai te ajudar. Você precisa se reerguer, não se afundar nisso.Eu queria gritar, dizer que ele não entendia, mas eu me calei. Fernando tinha razão. A bebida não ia mudar nada, não ia t