103. TUDO É UM PALCO (Sara)
Corri para os braços da Hannah, aquela desgraçada da Lilith ia pagar por ter tirado o Diego de mim. Mesmo se eles ficassem juntos, eu ia transformar a vida deles num inferno.
Quando Hannah me levou de volta para o leito, as enfermeiras me colocaram de volta no soro e eu comecei o meu show.
— Hannah, tem uma coisa que quero te contar.
— Pode falar, Sara.
— Eu já estive aqui, por diversas vezes, e muitas delas foi até a Paola que me acompanhou. – Comecei o meu choro falso. Alguém deveria me dar um oscar. — Eu tenho que contar que isso aqui me apavora. Só eu sei o que é ver sua mãe durante anos, presa a tubos e essas correntinhas de plásticos com soros intermináveis.
— Sara, eu não sabia.
— Eu tinha… tenho, pesadelos com ela levantando da cama, puxando eles todos e vindo em minha direção, gritando meu nome…– então engasguei e puxei ela para um abraço. — … espere, eu quero que alguém fale com você.
Apontei meu celular que estava em mesinha ao lado do leito. Hannah entendeu e me tro