Eu não sabia o que falar. No fim das contas acabei perdendo o apetite, fiquei olhando a caixa de cereal na minha frente e me senti enjoada. Levantei-me e joguei o suco de laranja no ralo da pia substituindo por água da torneira. Tomei a água achando que iria me sentir melhor, mas apenas me deixou com o estômago embrulhado.
- Eu os vi na loja de conveniência na terça passada - contei a minha tia.
- O que você viu? - quis saber ela.
- Nada demais. Só os vi na sessão de bebidas, eles estavam rindo e se abraçando. Não pareciam bêbados nem nada do tipo.
- Você saiu antes deles?
- Sim. Lembro de ter esbarrado com um cara na saída... - Em minha cabeça eu comecei a encaixar as peças do quebra-cabeça. Aquele homem que esbarou em mim na loja era muito estranho, lembrei-me do meu comentário em relação ao visual dele. E se ele ficou com raiva e descontou matando o casal? Ele seria capaz disso? Mas então por que o dono da loja parece não saber de nada? Ele