Tinha sonhos e muito amor para dar a minha família que cuidou de mim e não deixou que eu me acabasse. Eles lutaram do jeito deles por minha vida e muitas vezes até mais que eu mesma. Assim sendo todo o sofrimento foi enterrado naquele belíssimo almoço de domingo organizado para me receber em casa. Eles me perdoaram e eu perdoei a mim mesma. Tudo era passado!
Nos meses que se seguiram o objetivo era ficar limpa. Eu frequentava os grupos de Alcoólicos Anônimos (A.A), o de Narcóticos Anônimos (N.A.). Por um bom tempo me dediquei a um centro de recuperação que funcionava como um ambulatório. Oferecia oficinas, grupos de recreação e atividades artesanais, sala de convivência, biblioteca e grupos de conversa, além das consultas habituais de psicólogo e médico. Davam os remédios e café