DAMIÁN ASHFORD
A fumaça do cigarro se dissipou lentamente na sala enquanto eu observava o copo de uísque entre meus dedos. A luz fraca do escritório mal iluminava as bordas do copo, refletindo a escuridão que eu sentia por dentro. Andy havia desaparecido. Ela não só havia fugido... como também não havia mais motivo para trazê-la de volta.
Eu havia perdido os gêmeos, e precisei ver o relatório médico várias vezes para acreditar.
Essa notícia me atingiu mais do que eu queria admitir. Nunca imaginei que um dia eu me importaria com algo mais do que o meu próprio controle sobre as coisas, mas quando ouvi suas palavras, quando ela me disse com aquela frieza que os havia perdido, algo dentro de mim estalou. Não tive escolha a não ser deixá-la ir. Eu não tinha mais o direito de mantê-la ao meu lado, de forçá-la a ficar quando tudo o que lhe restava de mim era o vazio.
No entanto, eu não conseguia parar de pensar nela. Era uma tortura. Todo lugar que eu ia, toda vez que me perdia em pensamento