ANDY DAVIS
— Você faz isso por eles — sussurrei, mal conseguindo segurar o olhar dele. Seus olhos eram os de um homem que não via falhas em seus argumentos, como se tudo fizesse sentido e tivesse lógica.
Fechei os lábios e balancei a cabeça. Era isso? Um útero para gerar herdeiros? Será que eles não viam mais nada em mim? Será que meu valor estava reduzido à minha capacidade de gerar filhos?
Eu me sentia miserável. Parecia que todos os homens que cruzavam meu caminho viam apenas o que meu útero poderia lhes dar, mas, ao mesmo tempo, a raiva começou a crescer sob minha pele, batendo no ritmo do meu coração ferido.
— Por que mais eu faria isso? — perguntou Ashford, intrigado e semicerrando os olhos.
— Chega! Eu não preciso disso! — exclamei com raiva, decidindo sair do prédio com o pouco de dignidade que me restava. — Mantenha seu emprego, seus benefícios e tudo o mais que você achou que eu queria.
— Você vai abandonar uma oportunidade como essa de forma tão infantil? — ele perguntou di