A Saudade.
Acho que não Consigo.
Clara entrou na cozinha com os olhos marejados e a respiração ofegante. Tentava se recompor, mas o peso das emoções estava quase insuportável. Isabel, que preparava o café, notou o rosto transtornado da jovem e se aproximou com preocupação.
— O que aconteceu, minha filha? — perguntou Isabel, pousando a mão suavemente no ombro de Clara.
Clara balançou a cabeça, tentando engolir as lágrimas, mas não conseguiu. Ela desmoronou, sentou-se em uma cadeira e levou as mãos à cabeça, como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros.
— Vai ser difícil... — sussurrou, quase para si mesma. — Vai ser muito difícil pra mim.
Isabel puxou uma cadeira, sentando-se ao lado dela. — Por quê, minha filha?
Clara respirou fundo, lutando para falar, mas as palavras finalmente escaparam como um desabafo preso há anos.
— Porque eu o amo. Ele é o amor da minha vida.
Isabel apertou os ombros dela com carinho e compreensão.
— Eu sei, minha filha, eu sei. Mas agora você está aqui, perto del