Rebecca Gonzáles sempre foi sonhadora e batalhadora. Trabalhava dia e noite para realizar seus sonhos. Ela tinha tudo. Família, amigos, um filho lindo e um namorado que a amava. Era isso que ela achava. As vezes é necessário algo ser destruído para que possa ser construído algo novo. Será que ela vai conseguir superar seus traumas? Será que amará novamente? Será que voltará a confiar em alguém algum dia? Ela tinha certeza que sim... Até aquela noite no bar. Depois, tudo mudou.
Leer másÉ exaustivo quando precisamos explicar a quem amamos o que sentimos em certos momentos. Isso acabou de acontecer comigo, meu namorado de longa data me pressionou tanto pra saber como eu me sentia a respeito de nos casarmos, que simplesmente gritei.
Desculpe, não me apresentei, sou Rebecca Gonzáles Cruz. Esse história vocês jamais vão esquecer.Depois de ter gritado com meu namorado, agora provavelmente ex, peguei minha bolsa e meu celular e saí dali o mais rápido possível. Afinal de contas, eu ja tinha perdido a paciência e não queria falar algo que eu com certeza me arrependeria depois. Pedi um uber e continuei andando até chegar a saída do condômino. Pedro e eu trabalhamos muito para comprar nosso cantinho, sempre sonhamos com a vida a dois. Ter nosso porto seguro era nosso objetivo... Pena que isso mudou. Talvez seje coisa do momento ou nossa relação está no fim. Não sei ao certo. Nesse momento só preciso sair daqui, pensei. O uber chegou e entrei no carro. Não disse uma só palavra. Estava difícil dizer qualquer coisa. Minha cabeça estava cheia, eu estava cheia, não queria magoar ninguém. Só precisava esfriar a cabeça. Chegando no fim do trajeto do uber, o paguei e sai do carro. Entrei num bar e nem vi o nome. Estava abarrotado de pessoas. Afinal era final de semana, muitos estavam comemorando, afogando as mágoas... Enfim, o que se vê num bar... Gente conversando e enchendo a cara. Sentei próximo ao balcão quando o barman me perguntou o que eu queria.
Barman- o que deseja?
Rebecca- uma garrafa de tequila.
Barman- só servimos doses.
Rebecca- estou pedindo a garrafa se não pode me vender então vai pra casa do caralho.
O barman me olhou surpreso e irritado com a resposta. Eu disse estava sem paciência nenhuma. Pessima ideia ir para um bar.
Rebecca- Desculpe. Não deveria ter falado assim com você.Tome... É tudo seu.
Dei uma gorjeta bem generosa a ele e meu pedido de desculpas. Ele ficou desconfiado e se sentiu insultado. Uma mistura dos dois em seu rosto mostrava. Saí dali sem esperar por sua resposta. Saindo do bar comecei a caminhar para um mercado de conveniência 24 horas na mesma rua. Porém meu celular toca. - Que merda! Espero não ser o Pedro. Disse em voz alta. Não era Pedro, mas meu chefe Guilherme.Rebecca- Boa noite Senhor Alcântara.
Guilherme Alcântara - Boa noite Senhorita Gonzáles. Preciso que venha comigo até a Turquia amanhã de manhã. Meu motorista irá lhe buscar.
O destino é mesmo irônico. Logo agora que briguei com meu namorado aparece essa viajem a trabalho. É isso ou contas atrasadas. Pensei.
Rebecca- Claro Senhor Alcântara. Posso ir na frente se o senhor preferir. Assim mantenho sua agenda atualizada.Guilherme Alcântara- Sim pode ir.
E desligou.
Bom acho que agora vou pra Turquia e preciso me controlar. Afinal de contas era o que eu precisava. Ar fresco.RebeccaDias atuais Verifiquei a babá eletrônica e saí do quarto de Liz e Ryan. Desci até a cozinha e fiz um chá de camomila. Andei até a varanda e me sentei na poltrona confortável de madeira e observei o horizonte. As roseiras em frente a varanda estavam tão perfumadas e lindas neste mês, colocar mais adubo nelas valeu a pena. Os primeiros raios de sol, nascia atrás dos morros. Senti uma brisa suave tocar meu rosto e um calor tão bom, preencher meu coração. Me senti segura de novo, renovada depois de tanto tempo sofrendo, sentindo um buraco no peito. Respirei fundo e sorri, depois de muitos meses sem sorrir de alívio ou felicidade. Meu relógio apitou, vi um lembrete em vermelho brilhar na tela, era a festa da colheita. Todo ano, na colheita dos alimentos, milho,trigo,uva, laranja, morangos e entre outras frutas e legumes que plantamos na fazenda, é cultural realizarmos essa festa. Tradição da minha tia-avó, que foi feito durante todos esses anos. E esse é o meu primeiro ano, plan
Rebecca Flashback onDepois daquele dia, tudo mudou. Vi meus dois pequenos em meus braços e senti como se Ian estivesse aqui conosco. Estava caindo uma chuva terrível do lado de fora, por isso não fui para o hospital. Christian ligou para a emergência e uma ambulância estava a caminho de casa. Ele se aproximou de mim e me cobriu com um lençol, se sentou ao meu lado e sorriu para os bebês, quando me perguntou.— Qual nome você escolheu? — ele pegou uma gaze e limpou a cabeça do bebê menino. Essa pergunta me fez pensar muito, não tinha escolhido um nome, muito menos dois. — Ainda não escolhi, olho para a carinha deles e só me lembro do quanto são parecidos com o pai. — Christian e eu rimos. — Isso é normal, quase todos os bebê são parecidos com o pai. Mas o cabelo dessa menina linda, se parece com o seu, na verdade os dois tem alguns traços seus. — ele enrolou os bebês em toalhas limpas, antes eles estão enrolados com o lençol da cama. — Fique tranquila, terá tempo para escolher o n
RebeccaAcordei durante a madrugada para alimentar os gêmeos. Coloquei a mamadeira para esquentar e os troquei; Se eu sentia sono? Sim, Muito! Estava cansada? Com toda a certeza! Mesmo cansada, eu cuidaria dos meus amores, eles mereciam cada segundo do meu tempo. Fiquei três dias sem dar atenção a Samuel, pois estava no hospital passando por exames do pré natal. Isso me incomodou muito, pois é meu bebê, uma parte de mim e sou sua protetora, sua mãe, seu colo. Então, tenho me dedicado completamente em cuidar dos meus filhos de todas as formas que eu pudia. Ambos dormia enquanto trocava suas fraldas, peguei a mamadeira que estava no aquecedor, próximo ao berço. Testei a temperatura no pulso, estava na temperatura certa, bem morninho. Alimentei Ryan primeiro, pois eles estava com duas bolas de diamante brilhando para mim. Dei a mamadeira e esperei ele terminar, enquanto eu admirava o quanto ele era igual ao pai. O cheirinho de bebê na cabeça dele é tão bom! Quando crescem, esse cheiri
Rebecca Um ano atrás Acordei um pouco atordoada, numa cama de hospital e assim que abro os olhos, as lembranças vem como uma bomba, boom! Comecei a chorar copiosamente, uma mistura de tristeza, alegria, dor, expectativa, que não conseguia raciocinar e muito menos perceber que Lizzy estava me abraçando. Ao me acalmar, Lizzy me deu um copo de água e bebi todo o líquido sentindo dor e ardência. Ela se senta ao meu lado na cama e segura minha mão.— Estou aqui com você, Becca. Para o der e vier. E sobre esses bebês lindos que estão a caminho, estarei aqui para ajudar e te apoiar. Você não está sozinha. — Ela sorriu para mim e apertou levemente minha mão. Me senti um pouco melhor, mas ainda me preocupava com Ian que estava em coma. Então, perguntei forçando um pouco a voz. — Como está Ian? — minha garganta doía e ardia ao falar e comer. — Ele está melhorando, mas continua em coma. Fique tranquila . — ela sorri sem mostrar os dentes, se levanta para jogar o copo descartável no lixo do
Rebecca Um ano depois Desde o acidente de carro com Ian, minha vida virou de cabeça para baixo. Bastille veio atrás de mim e de Mary, na tentativa de nos matar e assim ficar com a ficha limpa, sem testemunhas, sem prova. Ainda me lembro desse dia como se fosse ontem. Estávamos no campo brincando de bola com Samuel. Sentimos sede e voltamos para casa, fomos direto para a cozinha e Samuel correu para o quarto dele. Achei que ele fosse guardar a bola, então subi ,para ver se Mary estava acordada. De repente, ouvi um barulho no meu quarto e resolvi ir ver. Quando entro, encontro um homem enorme apontando uma arma para a cabeça de Mary. Ela estava assustada, mas se mantinha na mesma posição. O homem estava encapuzado e apontou a arma para mim também. — Calma, o que você quer? Se é dinheiro, podemos te dar. Só não faça algo de que vá se arrepender. — falei com as mãos levantadas, tentando acalma - lo. Mas ele gargalhou e tirou a máscara que estava encapuzado, revelando seu rosto... Era
Ian Acordei no susto e vi Lizzy me sacudindo de leve. Ela estava com uma expressão apreensiva no rosto. Como se estivesse com medo. Acho que falei enquanto dormia. Foi um sonho bem pesado, pensei. — Você está bem, Ian? — Lizzy me oferece uma garrafa de água e se senta. Pego a garrafa e dreno todo o líquido. — Falei enquanto dormia? Foi só um sonho ruim. Está tudo bem, baixinha. Obrigado por se preocupar. — Lizzy emburrou a cara como se fosse criança e depois sorriu. Ela não gosta que chamem ela de baixinha. — bom, então como foi esse sonho ruim? Me conte se quiser, nada forçado. — ela perguntou, mas dessa vez, vi a antiga Lizzy voltar a vida. Ela eatava mais feliz, mais leve e elétrica como antes. Suspirei e então comei a contar. — Foi bem assim. Estava correndo numa floresta, estava chovendo e eu estava sujo de lama e com uma arma na mão. Eu estava sendo seguido, mas não sabia por quem. Vi meu carro na beira da estrada de terra e entrei. Liguei o carro e vi Rebecca do meu lado
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