Capítulo Doze

                                       Handora

Os olhos de Melahel me olharam de uma forma inexplicável. 

Me olhava de um jeito cheio de amor, mas com uma beleza surreal quando pairavam sobre minhas asas e depois voltavam para meus olhos. 

Eu queria dizer alguma coisa, porém algo não deixava. 

Queria poder olhar para Melahel e dizer que não sabia como aquelas asas haviam aparecido, mas simplesmente estavam ali. Queria poder pedir desculpa por ter gritado com os anjos, ter me enfurecido daquele forma e o deixado sozinho com os anjos e demônios. Queria falar que o amava, e que agora eu estava mais calma. Só que nada disso saiu de meus lábios. 

Ele se levantou do carpete e apenas continuou me olhando.

Sorri e abri minhas graciosas asas negras como de um corvo.

Eu não sabia como e nem quando eu havia ganhado-as. Só me lembrava de que quando
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