Reli as duas linhas escritas com uma caligrafia perfeita e redondinha, não tive coragem de levantar os olhos e encontrar o seu olhar. Sem pedir e sem nem entender o porquê fazia aquilo, peguei o papel e dobrei-o com cuidado, abri a carteira e coloquei dentro, fechando-a e guardando-a no bolso novamente.
— Acabou? — perguntei a olhando nos olhos, esquecendo minha vergonha.
— Sim — respondeu já se levantando.
— Vou te mostrar seu consultório.
O Hospital Geral Medeiros foi criado e desenvolvido dentro dos padrões que meu pai acreditava ser o certo para os seres humanos. Não tínhamos ligação com o governo, éramos cem por cento filantrópicos e graças aos cheques gordos que