CAPÍTULO 12

A minha mente não parava de repetir as palavras grosseiras de Dalton na minha cabeça, não fiz mais nada senão lembrar—me delas, por isso lembrei—me da sua imagem na minha cabeça, aquela que ele me mostrou daquela rapariga que não restava nada dela que eles pudessem reconhecê—la, "certamente os seus pais enlouqueceram de desgosto pela forma como a sua filha foi deixada".

"És tão insensato e ingénuo que te apaixonaste pelo teu carrasco. Não é ele que se vê da sua janela quando o espiona. É um assassino sádico que leva raparigas, faz delas suas escravas e dá—lhes uma morte tão tortuosa que, embora implorem pelos seus mortos, ele as desmembra vivas.

O meu coração pára quando ouço isso".

"Amá—lo... conduzirá à tua morte, humano".

Atormentam—me tanto que não fiz mais nada senão chorar com medo de acabar como aquela rapariga, "não, não quero acabar assim".

—Filha, vais tomar o pequeno—almoço ou...? —Eu limpo rapidamente as minhas lágrimas quando vejo o papá à porta, "Estás bem?

—Sim, sim. —
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