..... ALGUNS DIAS DEPOIS — DOMINGO .....
A Luna e eu presenciamos o casamento dos nossos pais ir a ruína, mas às vezes tenho a impressão de que Luna enxergou a situação com outra ótica.
A Luna se dá tão bem com o nosso pai, me admira serem próximos.
Sendo assim, Luna não teve dificuldade alguma de marcar um almoço de domingo em sua casa para nos reunir — algo que tenho evitado com muito custo.
Na sala de estar, estou sentada em um sofá conversando com o meu cunhado Pedro, enquanto o meu pai, Fernando, escolheu o outro sofá, ficando de frente para mim.
Dois vultos passam correndo em nosso meio e quase derrubam a mesa de centro, indo em direção para o outro cômodo da casa.
— Cauê! Raíssa! Não corram dentro de casa! — Pedro berra, chamando a atenção dos filhos.
Na porta da sala, a Luna aparece em meu campo de visão:
— Vamos para a cozinha? O almoço está pronto!
O meu pai olha-me fixamente e eu desvio o olhar.
— Pai, Lana trouxe aquele vinho importado que você gosta. —