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Voamos em silêncio de volta para casa. Permito que o calor de Terence me aqueça enquanto percorremos o céu, passando pelas nuvens mais baixas, apesar de ele tentar evitar a maioria delas. A tempestade partira.

Muitas tempestades. Entretendo, as que vem em forma de chuva gelada, a natureza se encarrega do controle, já as que vem da mistura de sentimentos dentro da minha cabeça se embolam tanto e brigam tanto em meu interior que as controlar é impossível. Quanto mais perto da casa chegamos, mais meu coração se aperta em angústia. A ansiedade me sufoca transbordando em sal, embaçando a vista. Escondo o rosto do peito do feérico e engulo as lagrimas que não caem. Ele deve sentir a camiseta de flanela molhada, porque aperta mais os braços a minha volta, a mão firme na lateral das costelas tece uma caricia discreta, mas que conforta.

Terence pousa com maestria na frente dos degraus da entrada e sinto o farfalhar das asas ocultas ao pararem de bater. Respiro fundo

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