Talvez, o sofrimento evidente nos meus olhos tenha dado a Bruno a ilusão de que ainda tinha uma chance. Ele caiu de joelhos diante de mim, batendo nas próprias faces:
— Nair, você sabe o quanto eu te amo e me importo com você. Tudo isso foi culpa dela, ela me seduziu. É uma mulher sem vergonha, implorando para que eu fizesse amor com ela.
— Mas eu só tenho você no meu coração, ela não vale nem um fio do seu cabelo. Eu posso mandar ela embora agora e ela nunca mais vai aparecer na nossa frente.
Ele estava cheio de arrependimento, mas foi Carla quem sentiu a dor primeiro. Ela se levantou, com os olhos cheios de lágrimas:
— Bruno, foi você quem me fez dar a minha primeira vez a você, como pode fazer isso comigo? Você sempre disse que a minha prima era cega, que não se sentia atraído por ela...
Antes que ela pudesse terminar a frase, Bruno lhe deu um tapa:
— Vagabunda, se não fosse sua prima, você ainda estaria morando na Vila F, levaria uma vida muito pobre...
Sim, Bruno, você me lembrou