Marília ficou muito agitada, sua voz soando estridente.
Ela era muito bonita, e mesmo vestindo o uniforme de hospital, com aquele macacão listrado azul e branco, ainda chamava a atenção. Agora, com suas emoções à flor da pele, estava completamente descontrolada, aos berros e descalça, parecendo uma mulher enlouquecida.
Os pacientes e familiares que passavam pararam para olhar, apontando e até tiravam fotos com seus celulares.
Anselmo franziu a testa e correu até ela, segurando sua mão e a levantando.
— Solte-me, eu preciso entender o que aconteceu, vou me vingar do meu bebê, vou chamar a polícia...
Com o semblante sério, Anselmo a pegou no colo e a levou de volta ao quarto, colocando-a na cama.
Marília tentou se levantar, mas ele a impediu, forçando-a a se deitar novamente. Segurando seus ombros, ele, com um tom frio e firme, disse palavra por palavra:
— Marília, o seu filho já se foi, ele já foi embora. Não importa o quanto você grite ou surte, ele não vai voltar.
Lágrimas começaram a