SOL DE DOMINGO

— É... Você... Gabriel... por favor... eu preciso que vá… que vá embora. — eu não estava conseguindo falar algo que fizesse sentido ou que tivesse continuação.

Gabriel me olhou com aquele grande par de olhos acinzentados e caminhou ferozmente em minha direção. Eu permaneci no meu lugar sem saber o que fazer ou o que falar. Ele se aproximou de mim e olhou todo o meu corpo. Sua respiração estava pesada e ele mal conseguia abrir a boca.

— Por favor... — eu disse o encarando.

— Não pare o que estava fazendo. Por todo o amor que você tenha a vida, continue a fazer o que você estava fazendo.

Eu sentia fogo nos olhos dele. Seu peito subia e descia quase no mesmo instante que o meu. Estávamos perto demais e eu não sabia o que estava sentindo.

— Por favor, Angel. Continue. Eu preciso disso. — Gabr
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