Fui para a faculdade, mas o meu pensamento estava na mansão. A todo o momento eu me perguntava como o a vida pode ser tão cruel com algumas pessoas.
Há alguns dias, durante uma das refeições, um dos empregados mais antigos contou Erick e sua mulher moravam em outro país, mas assim que a mulher dele faleceu ele veio morar no Brasil porque o seu avô já morava aqui e é a sua única família. Segundo José que é o jardineiro, por diversas vezes ele viu quando o motorista trazia mulheres lindas para ficarem com Erik, mas, nenhuma dormia na casa. Os meus Pensamentos foram interrompidos assim que entrei na sala. Por mais que eu quisesse continuar a pensar, recusei a minha própria mente e tentei ao máximo me concentrar nas aulas. O restante da noite passou rápido e entre tantas anotações e trabalhos eu apenas me deixei levar, enquanto a minha mente trabalhava de modo incansável. Cheguei na mansão e como sempre cumprimentei os seguranças. Um suspiro de alívio escapou da minha boca, a unida coisa que eu queria era a minha cama macia. Mas assim que abri a porta notei que eu não era a única naquela ambiente. Tentei passar despercebida, mas eu sabia muito bem que ele havia notado a minha presença. Ele estava com alguns botões da camisa abertos e um copo de whisky na mão. Com passos rápidos ele se aproximou de mim e eu apenas masseguei a minha têmpora com os dedos. - Antes que você comece a me criticar e me ofender, me deixe ao menos tomar um analgésico. - falei cansada. Ele apenas me enrou com aquele olhar penetrante. Eu retribui o seu olhar, mas logo me convenci a perder essa guerra e abaixei a cabeça. Ele se aproximou ainda mais de mim e com seus dedos tocou meu rosto, levantando o meu queixo para que eu pudesse encará-lo. A sua boca levente molhada me atraiu e senti quando o meu olhar se direceicou a ele. O seu rosto com traços marcantes e a sua postura faziam as minhas pernas fraquejarem. O que quer de mim? - perguntei tão baixo que mais parecia um suspiro. Erick: Eu quero você. - falou sério me olhando. Os seus olhos pareciam fogo, de repente o seu toque queimava a minha pele e por mais que a minha mente tentasse dizer não, o meu corpo traidor apenas queria mais dele. Os seus olhos me encaravam e ele precisava de apenas uma confirmação de que poderia enfim me ter a sua mercê. Mas permaneci firme. Eu queria negá-lo, queria gritar e retribuir todo o gestante que ele me causou, mas eu não conseguia. A minha mente perdeu a batalha para o meu corpo e assim que ele repetiu as mesmas palavra no meu ouvido eu deixei que os meus braços me tocassem. Nenhuma palavras foi dita, apenas os nossos olhos conversavam em silêncio e quando os seus lábios tocaram os meus percebi que eu enfim tinha decidi me entregar ao fogo. Ele me beijava de forma urgente, o seu toque firme o suficiente para não me machucar me causava arrepios. Em segundos eu estava encostada na parede enquanto as suas mãos acariciavam cada parte do meu corpo. Eu me sentia em chamas, os seus toques, a sua boca junto da minha e o seu corpo junto ao meu me deixava ainda mais nervosa. Era tudo muito rápido, não pude sequer pensar em consequências, senti sua boca tocando cada parte de mim enquanto a minha cabeça só conseguia focar na sensação de tê-lo junto a mim. - Você é minha, seu corpo é meu. Não quero ninguém tocando você!- falou de forma possessiva. Nosso olhar se encontrou e pude perceber que havia um misto de confusão e desejo em seus olhos. ... Acordei sentindo algumas dores no meu corpo, um sorriso se formou nos meus lábios quando as lembranças da noite vieram. Mas essa sensação foi rápida demais. Depois que a minha mente me trouxe de volta a realidade percebi que apesar do prazer que tive, esse sem dúvidas foi um erro gigante. Mil e uma possibilidades começaram a passar pela minha cabeça sobre como seria dali em diante. Não que eu imaginasse que ele chegasse com um buquê de flores e me pedisse em casamento. Pelo contrário, a única coisa que eu esperava era que ele pelo menos não me maltratasse mais do que já fazia constantemente. Somos dois adultos que transaram e só. Não quero tratamento inferior, mas sei que eu não deveria ter caído nos seus braços. Agora a única coisa que espero é que ele haja como um adulto racional pelo menos uma vez na vida dele. Após cobrir as marcas que ele deixou no meu corpo, fui trabalhar. Apesar da inútil tentativa de tentar apagar com base o erro de uma noite, não consegui paz em nenhum segundo do dia e agradeci a Deus por não o encontrar durante o restante do dia. Mais um dia havia se passado sem que eu o visse. Novamente ele passou o dia todo na empresa, eu estava eufórica para encontrá-lo, mas me decepcionei quando cheguei e ele não estava lá. Passei os últimos dias pensando no que aconteceu para que ele sumisse e não demorei muito ao perceber que o motivo teria sido a noite que passamos juntos, que diga-se de passagem não saia da minha cabeça. A rotina de Erik havia mudado, ele passava o dia todo na empresa, chegava super tarde e saía cedo. A minha ansiedade me atingiu como um impacto e me fez perceber que ele deveria estar com vergonha por haver dormido com uma serviçal. Apesar de me questionar várias e várias vezes sobre o que ele pensava notei que isso estava me deixando ainda mais aflita. - Quem horas será que ele chega ? - perguntou Melissa enquanto falávamos do seu cantor preferido que viria ao Brasil para uma turnê. Nós havíamos combinado de sair para um barzinho com algumas pessoas da faculdade. Por um momento me imaginei chegando em casa e encontrando o homem que tem roubado os meus pensamentos. Eu me sentia uma tola. A verdade é que eu nunca havia sido uma pessoa boa em relacionamentos justamente por me envolver demais. Por mim momento desejei ser do tipo de pessoa que não se apega, que não cria expectativas e que se dá bem em sair com alguém e nunca mais ver aquela pessoa. Já haviamos tomado alguns drinks e então chegou Rodrigo, falei com ele normalmente mas isso não o impediu de fazer várias cantadas para mim. - Alô?- atendi meu celular, após uma chamada de um número desconhecido. - Onde você está? - Erik perguntou de forma fria. - Eu estou em um barzinho com uns amigos. - respondi nervosa. - Eu quero você imediatamente aqui. Quando você assinou um contrato sabia muito bem que não pode entrar na mansão na hora que desejar. Temos regras, cumpra ou durma na rua. - falou gélido como a neve. - Erik, não se preocupe, garanto pra você que tenho pessoas que adorariam me receber em suas casas. Rodrigo, por acaso posso dormir em sua casa? - falei fingindo que perguntava a alguém mas na verdade eu estava sozinha em uma parte mais afastada da mesa. O barulho incessante no celular me fez perceber que ele havia desligado. Ainda duvidei, mas após olhar duas vezes constatei que ele realmente havia tomado tal atitude. Todos perceberam que depois da ligação eu fiquei pra baixo. Claro, depois de toda a humilhação que ele me causou eu me senti péssima e o pior é que ele realmente tinha razão. Algum tempo depois decidi ir embora, eu não tinha mais clima nenhum para continuar ali e ainda precisava me preparar mentalmente para mais um confronto com o meu chefe que nunca aceitava ser contrariado.A segunda-feira amanheceu ensolarada mas em pouco tempo o clima mudou drasticamente. Junto com a mudança de clima mudou também o meu estado de saúde. Passei a manhã trabalhando, mas logo as dores no meu corpo se intensificaram junto aos espirros e a tosse. Após um longo dia de trabalho eu só desejava poder ir para o meu quarto, tomar um banho quente, alguns analgésicos e descansar. Mas, às dezoito horas fui informada que teríamos que estar na sala de jantar. Erick fingiu que nada havia acontecido no dia anterior e eu agradeci mentalmente pois eu não tinha estrutura alguma para uma discussão. Eu fiquei calada e evitei a todo custo fazer qualquer tipo de comentário. Ele entrou na sala tão lindo e impecável como sempre. Me perguntei se ele sempre foi tão lindo e esnobe. Ele mal encarava os funcionários, havia uma escuridão que o deixava com ar sombrio e marcante. Por um segundo, apenas um segundo eu vacilei e a minha mente trouxe a tona a imagem do seu corpo junto ao meu numa sincro
Dois meses depois...Durante esse tempo eu e Erick nos tratamos apenas como chefe e empregada. Confesso que não entendi o comportamento dele e até hoje não sei ao certo o que fazer, conforme o tempo passava percebi e aceitei que é melhor que as coisas continuem assim. Ele mal fala comigo, diz apenas o necessário e quase nunca está em casa. Mas, segundo Josy, ele exigiu que apenas eu poderia fazer a limpeza e entrar no quarto dele. Não sei o porquê disso, mas, sou paga para limpar e é exatamente isso que eu vou fazer. Os meus pais estão muito bem, as vezes acho que vou enlouquecer com tantas coisas da faculdade mas sei que tudo isso dará certo, então durante esse tempo tenho apenas seguido dia após dia. Ontem fui informada que o avô de Erick obrigou ele a tirar férias por pelo menos três dias e eu só soube disso porque a fofoqueira da Josy deixou esse detalhe escapar enquanto me comunicava que eu teria que o acompanhar nessa viagem Já que a casa que ele vai, está fechada há mais de
Malu: Me desculpe senhor, falei com tom inocente e desesperado e quanto tentei pegar o biquíni e me cubir de alguma forma. O seu olhar se arrastou pelo meu corpo queimando a minha pele. Ele me desejava, assim como eu também o desejava, mas eu estava decepcionada com a sua rejeição e como o seu orgulho que era extremamente grandioso. Ele fechou os olhos e passou a mão no seu rosto em sinal de nervosismo. Ele sempre fazia isso e em seguida passava as mãos entre os seus cabelos. Eu já havia visto essa atitude várias e várias vezes enquanto o observava a espreita. Percebi que ele ficou desconcertado com a minha atitude, mas ele logo colocou a sua máscara de rispidez e apenas virou as costas e disse:Erick: Não tolero Atrasos senhorita. - falou e saiu caminhando em direção a casa. Fui resolver o restante das coisas que ele me passou, obviamente essa não era uma das minhas funções, mas eu não poderia simplesmente negar e fingir que nada havia acontecido. Talvez se esse fosse um conto d
Acordei sentindo um peso no meu corpo. O braço dele estava me prendendo e minha perna estava por cima dele e a minha cabeça deitada em seu peito. Eu conseguia sentir exatamente os batimentos do seu coração. "Ele realmente tinha um coração" pensei imediatamente e sorri com a afirmação ridícula que eu havia acabado de fazer. Respirei fundo e tentei não surtar. Era tão difícil resistir a ele, principalmente enquanto ele estava me abraçando e distribuindo beijos pelo o meu corpo. Alguns minutos depois cheguei a conclusão de que não havia forma de sair dali sem que ele acordasse. O medo de não saber qual seria a reação dele ao acordar me deixou em pânico. Eu não fazia ideia se ele iria me tratar bem ou se iria voltar ao seu humor horrível e me humilhar novamente. Achei melhor não ficar tempo suficiente para esperar outra das suas explosões de raiva, então, fiz alguns movimentos tentando sair dali, mas foi em vão. Senti a mão dele passear pelo meu corpo e fechei os olhos para fingir qu
Uma semana se passou na mesma motonia de sempre. As coisas estavam bem, normais. Tudo funcionando de forma tranquila e automática, todos os dias eu acordava e seguia a mesma rotina. Nos primeiros dias foi bem mais fácil fingir que nada havia acontecido, mas cada vez que eu fechava os olhos conseguia sentir os seus toques no meu corpo e na minha boca. Foi difícil manter a compostura após o terceiro dia e hoje estava praticamente impossível não dizer que eu me importava. Fazia exatamente uma semana que eu não o via, mas todas as noites ele estava nos meus sonhos ou pesadelos, sinceramente, nem eu sabia ao certo. Ele estava definitivamente me evitando. Não que essa fosse mais uma loucura da minha cabeça, afinal, ele fazia questão de me dispensar cada vez que ele chegava em casa. As fofocas entre os funcionários começaram, afinal, todos perceberam que de certa forma as coisas haviam mudado após a viagem que fui junto ao nosso patrão. Alguns achavam que eu seria demitida em breve, ou
Uma semana se passou e eu evitava tudo nele, inclusive olhar em sua direção. Nos últimos dias, foquei na faculdade e tentei ocupar minha mente com os meu estudos. Não foi fácil, pelo contrário ela muito difícil para de pensar nele, mas as suas palavras serviram para que eu pudesse perceber que o que tivemos nunca passaria de uma situação isolada e que só me fez mal. Eu nunca vivi na pele o preconceito, mas após ouvir aquelas palavras cheguei até a pensar se de fato ele tinha razão e se eu havia me iludido tanto com as coisas que ele podia me proporcionar. Mas não, a única coisa que eu sentia era em relação a ele mesmo e não ao seu dinheiro ou poder. Sai dos meus pensamentos assim que olhei para o grande letreiro diante de mim, afinal, Nesta semana, a faculdade faria 50 anos de existência e iria haver um grande evento. Pra minha sorte, o meu chefe faria uma palestra eu seria obrigada a assistir. Afinal, ele pode ser um péssimo homem, mas não tenho dúvidas que é um grande profissiona
Eu até poderia argumentar, tentar provar que eu estava certa e que as coisas estavam em ordem, mas não adiantaria, afinal, eu sempre seria errada e no momento, eu não podia ser demitida do meio do período. Erick: Será que eu estou rodeado por irresponsáveis? - reclamou enquanto falava ao telefone mais uma vez. Uma semana havia se passado e ele seguia reclama de tudo. Ninguém aguentava mais. Porém, sabíamos que o nosso trabalho estava certo e deveríamos ficar caladas e aguentar por mais alguns dias até que o humor dele finalmente melhorasse. Erick: Você! - apontou para mim. - Já que Josy não é capaz de resolver os problemas que você causa, Quero você no meu escritório imediatamente. - falou sério e saiu pelos corredores em direção ao escritório. Ele não ficou para ouvir a minha resposta, apenas ordenou e saiu caminhando rápido. Eu estava literalmente esgotada. A minha mente não aguentava mais o desgaste dos últimos dias. Cheguei no meu limite. Respirei fundo mais uma vez e Caminh
Maria Luiza Sou uma garota jovem que busca na cidade grande a oportunidade de mudar de vida. Apesar de vir de uma cidade pacata do interior não sou uma pessoa tão tranquila. Na verdade eu sempre pensei grande. Sempre almejei coisas que um salário mínimo não poderia pagar, mas também não sou alguém com condições de fazer uma faculdade cara.Resumidamente, sou uma pobre com sede de crescer e conquistar sonhos. Venho de uma família amorosa com pais tranquilos que me amam muito. Sempre serei grata a cada um deles por tudo que fizeram por mim e é exatamente por serem tão bons que sempre apoiaram os meus sonhos e me ajudaram nessa aventura.Ficar na minha cidade seria bom, certamente eu encontraria um bom homem e construiria uma família. Teria um emprego básico e uma vida básica e todos os meus sonhos seriam frustrados já que para boa tarde da minha família o meu único objetivo deveria ser um bom casamento.Eu havia chegado há cerca de um mês. Durante esse tempo eu havia entregado currícul