Gustavo esfregou os olhos e colocou seus óculos de leitura. Estendeu a mão para o assistente, que, percebendo imediatamente o pedido, entregou-lhe uma lupa de alta potência com uma moldura antiga e elegante. Com a lupa em mãos, Gustavo começou a examinar o quadro minuciosamente.
Ele analisou de cima a baixo, das montanhas às figuras humanas. Enquanto observava, balançava a cabeça afirmativamente e murmurava:
— Traços profundos, vigorosos. É exatamente o estilo que Vivic dominava. Parece até que ele mesmo pintou isso.
Ao terminar, pousou a lupa sobre a mesa e, com um olhar penetrante, voltou-se para Camila:
— Menina, foi você quem pintou este quadro?
Camila sorriu levemente:
— Sim, fui eu.
Gustavo estreitou os olhos, examinando-a com desconfiança:
— Você não parece ter muita idade, não é?
— Tenho vinte e três anos. — Respondeu ela com naturalidade.
A dúvida em Gustavo aumentou ainda mais:
— Uma jovem tão nova com uma técnica tão apurada... Não está tentando me enganar, e