O frio úmido do Palácio Abandonado parecia infiltrar-se até os ossos de Lucian. Ele estava amarrado a uma cadeira de ferro, seus pulsos feridos pelos grilhões apertados. A dor era constante, mas nada comparado ao peso em sua mente.
O tempo parecia arraster-se de forma interminável. Não havia janelas naquela sala, apenas a luz vacilante de uma tocha na parede. A escuridão o envolvia como um véu sufocante, e a única companhia era o eco distante do vento que assoviava entre as rachaduras nas paredes.
Lucian tentava manter a mente clara, mas as memórias das visões o perseguiam. Ele já não sabia exatamente o que estava por vir. As informações da vida original já não eram de ajuda alguma para ele. Principalmente por uma figura desconhecida estar dentro daquela sala.
Tratava-se de um homem de expressões frias e duras, com uma cicatriz em sua bochecha esquerda. Desde que o sujeito chegou na sala, ele apenas queria uma única coisa de Lucian. Os mercenários que estavam "cuidando" de Lucian não