Templo da Deusa Kronosis
A madrugada pairava silenciosa sobre o Templo. Os corredores frios e solenes pareciam guardar segredos inconfessáveis, mergulhados na penumbra que as velas solitárias mal conseguiam romper. Ali, onde o som era tão escasso que até a respiração soava como uma confissão, um homem coberto por um capuz pesado esgueirava-se nas sombras. Ele evitava qualquer contato, movendo-se com a destreza de um predador, ainda que fosse apenas um lacaio de planos maiores.
Alguns cavaleiros do templo faziam suas rondas mantendo a segurança. O sujeito encapuzado se escondia atrás de pilares e paredes, evitando entrar no campo de visão dos cavaleiros que usavam armaduras prateadas. Ele esperou pacientemente que os homens armados passassem em passos firmes, garantindo um caminho livre pelas sombras.
O caminho já estava traçado em sua mente: contornou cuidadosamente o átrio central e, de maneira habilidosa, dirigiu-se ao poço do Templo, que fornecia a água sagrada usada em rituais e q