O homem bebericou o café morno e olhou pela janela da lanchonete Stop 20, do jeito que havia se acostumado a fazer desde que voltara para Nova York. Apesar dos muitos veículos e transeuntes que passavam apressados, seus olhos vagavam no letreiro da loja do outro lado da rua. Barney’s Hardware. Embora uma intrometida árvore bloqueasse boa parte das letras, ele sentia-se bem, sabendo que estava próximo a um nome tão especial. Podia ser bobeira, ele sabia, mas era uma bobeira que fazia questão de ter.
— Amanhã vai fazer quanto tempo? — perguntou a mulher fardada ao sentar-se no banco oposto. — Putz, este café já está morno.
— Cinco anos... — respondeu, pensativo, antes de olhar para ela. — Isso que dá demorar para se trocar.
— Ah, é? Tu vai ver só, Sr. Strall.
— Vou ver? Pode vir quente que eu estou fervendo, Sra. Strall! — respondeu, aos risos.
— Tem falado com alguém de lá?
— Pior que não. A última vez que falei com o Oswald fo