249. Colo de mãe

Cameron

Pedi para que Ragnar me deixasse sozinha depois da nossa conversa. Eu precisava desse momento, precisava respirar sem o peso de sua presença ao meu lado. Mesmo depois de tudo, de ele ter me salvado, de ter se mostrado arrependido... ainda doía. Doía saber que, em algum momento, ele não acreditou em mim. Que ele duvidou de mim, duvidou do meu amor por ele. Quando ele saiu do quarto, o olhar quebrado, com a dor tão evidente em seu semblante, eu quase desisti de afastá-lo. Quase o chamei de volta, porque, no fundo, eu queria sua proteção. Queria sentir sua presença forte, o calor que sempre me envolveu. Mas me forcei a deixá-lo ir.

Me encolhi na cama, como se pudesse me esconder do mundo. Minhas mãos instintivamente se pousaram sobre meu ventre, sentindo a pequena vida dentro de mim. Comecei a cantar baixinho uma canção que minha mãe costumava entoar quando eu era cri

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