Aurora Duarte Ricci
Eu não consegui ir direto para casa, ao chegar no aeroporto, decidi que primeiro iria pensar no que fazer então aproveitei o momento e peguei um voo para a Espanha.
O cheiro de álcool e perfume caro pairava no ar quando o avião pousou suavemente em solo espanhol. Eu abri os olhos lentamente, a cabeça latejando, o estômago embrulhado. A primeira classe parecia silenciosa demais, e o contraste com a tempestade dentro de mim era quase insuportável.
Eu não sabia por que tinha escolhido esse destino. Talvez porque não fosse a Itália, talvez porque eu precisasse me perder em algum lugar onde ninguém conhecia meu nome.
A cada passo pelo aeroporto, sentia como se meu corpo pesasse uma tonelada. As últimas horas eram um borrão. Isabella, Dimitri, Theo e Lívia … A dor me engolia, e tudo o que eu queria era esquecer.
A primeira coisa que fiz quando saí do aeroporto foi pegar um táxi.
— Para onde, señorita? — o motorista perguntou.
— Um cassino — minha voz saiu r