A vejo andar na minha direção no corredor do meu quarto dando também em direção ao outro corredor que leva a biblioteca. Aparentemente é para lá que ela vai, já que seu quarto não fica por aqui.
Sua atenção está toda em seu celular e me pergunto com quem ela está falando para ter esse sorriso aberto no rosto.
Paro no meio do caminho fazendo com que ela esbarre em mim.
— Olha oiê onde anda pirralha revoltada. - Me vejo na necessidade de ofenda-la para aliviar o que eu sinto.
Um dia cheio na de sede não foi o suficiente para desviar os pensamentos dela, e três mortes causadas põe minhas próprias mãos não chegaram nem perto de descarregar vinte por cento do ódio que sua fala me causou.
— Eu que estou distraída, você não estava prestando atenção em nada, não desviou porque é burro. — Ela fala passando por mim para continuar o caminho mas não vai mais três passos de distância. Esticar o braço foi tudo que precisei para alcança-la e trazê-la de volta a mim pela força.
A prendo na pared