Mikhail nos encarava com uma certa rispidez, eu e Ilya descemos do carro e eu segurei na mão dele. Mikhail entrou dentro de casa sem dizer nada, eu caminhei para dentro e ele virou na nossa direção.
— Então... —ele questionou.
— Mikhail, você é meu pai, sei que não vai aceitar o que eu venho dizer, mas eu gostaria que você ouvisse os motivos dele, olha...
— Eu sei todas as motivações dele, Ruslana. Não precisa tentar me persuadir, eu não o julgo por isso. —ele respondeu.
— Não? —indaguei.
— Não, além do mais, eu e o Surkov já fomos conhecidos, alguns anos atrás. —ele respondeu.
— Você já conhecia o Ilya? —perguntei confusa.
— Eu não, Kotehok, ele conhece meu pai. —Ilya respondeu.
— Podem sentar. —Mikhail falou.
Eu e Ilya sentamos no sofá de frente para ele, entramos em um silêncio profundo, até que Mikhail começou a falar:
— Sabe, eu perdi uma pessoa muito importante, resultado da maldade e ganância de outras pessoas, eu quis me vingar de todos eles, mas como eu sou uma pess