~ BIANCA ~
Acordei às seis da manhã, antes mesmo do despertador tocar. A ansiedade e empolgação misturadas não tinham deixado dormir direito a noite toda.
Às sete, estava no galpão com Nico, avaliando o que tínhamos para trabalhar. Madeira velha que ainda estava boa. Barris de vinho vazios. Cordas. Ferramentas enferrujadas mas funcionais.
Às oito, estávamos na cidade comprando o que faltava. Luzes de LED solar. Tinta. Pincéis. Alguns metros de tecido resistente para as toalhas de piquenique. Vasos de terracota baratos. Mudas de lavanda.
Nico pagou tudo em dinheiro, contando as notas cuidadosamente, e vi a forma como sua mandíbula se apertou quando o total foi anunciado. Não era muito. Mas para alguém na situação dele, provavelmente parecia uma fortuna.
Coloquei a mão no braço dele brevemente.
— Vai valer a pena — sussurrei.
Ele acenou com a cabeça mas não disse nada.
De volta à propriedade, começamos a trabalhar. Nico, eu, e dois funcionários que normalmente cuidavam dos vinhedos mas