NATÁLIA
— Qu… Quem? — Eu gaguejei.
Meus olhos se fixaram em meu rosto no espelho. O âmbar nos meus olhos brilhava intensamente.
Toquei minhas bochechas, traçando o dedo até o olho, tentando abri-lo bem. Me inclinei para o espelho, para ter certeza de que meus olhos realmente estavam brilhando ou não.
— Natália! Você está bem aí dentro? — Ana bateu na porta, me assustando.
Minha cabeça se virou rapidamente para a porta. O ritmo normal do meu coração se distorceu.
Engolindo em seco, olhei no espelho. Meus olhos estavam de volta ao normal. O olhar opaco, a cor âmbar, inútil.
Balancei a cabeça e abri a porta do banheiro. Estava tudo na minha cabeça. Quando saí, Ana veio até mim.
— Você consegue andar? — Ela perguntou, levantando as mãos para me apoiar.
— Sim. Sim, eu consigo andar. — Respondi, com um tom confuso, e caminhei até a cama antes de me deixar cair sobre ela.
Minhas mãos começaram a doer novamente, a sensação de queimação gelada retornando gradualmente. Ana me entregou