Capítulo 65
NATÁLIA

— Qu… Quem? — Eu gaguejei.

Meus olhos se fixaram em meu rosto no espelho. O âmbar nos meus olhos brilhava intensamente.

Toquei minhas bochechas, traçando o dedo até o olho, tentando abri-lo bem. Me inclinei para o espelho, para ter certeza de que meus olhos realmente estavam brilhando ou não.

— Natália! Você está bem aí dentro? — Ana bateu na porta, me assustando.

Minha cabeça se virou rapidamente para a porta. O ritmo normal do meu coração se distorceu.

Engolindo em seco, olhei no espelho. Meus olhos estavam de volta ao normal. O olhar opaco, a cor âmbar, inútil.

Balancei a cabeça e abri a porta do banheiro. Estava tudo na minha cabeça. Quando saí, Ana veio até mim.

— Você consegue andar? — Ela perguntou, levantando as mãos para me apoiar.

— Sim. Sim, eu consigo andar. — Respondi, com um tom confuso, e caminhei até a cama antes de me deixar cair sobre ela.

Minhas mãos começaram a doer novamente, a sensação de queimação gelada retornando gradualmente. Ana me entregou
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