NATÁLIA
— Eu quero meu celular, mãe. — Murmurei assim que subi o primeiro degrau.
Depois de vagar por mais uma hora, finalmente cheguei em casa. Minha mãe abriu a porta, fez uma careta, mas não disse nada.
Isso indicou que o Alfa já havia falado com meu pai e que eles se absteriam de me maltratar a partir de agora.
Apesar de tudo isso, a situação era inquietante. Meu estômago estava revirado.
Silenciosamente, minha mãe foi para o quarto. Eu me virei e a observei.
Ela saiu do quarto e caminhou até mim. Ela me entregou o celular e eu o peguei sem dizer uma palavra.
— Você não vai conseguir ficar aqui por muito tempo. — Ela sibilou venenosamente quando me virei e subi mais um degrau.
Meu coração falhou uma batida. Parei, respirei e olhei para ela por cima do ombro.
Palavras amargas dançavam na ponta da minha língua, mas eu não queria dizê-las.
Eu a amava. Eu os amava.
Balançando a cabeça, subi os degraus.
— Você escapou dessa vez. Mas terá que ir embora! Não vou suportar uma va