RICARDO
— Então você matou todos eles? — Bernardo Carvalho perguntou dramaticamente.
Meus olhos seguiram sua figura. Ele estava andando de um lado para o outro no meu escritório há um bom tempo. Se ele não fosse meu beta e amigo de infância, eu já o teria expulsado há muito tempo, mas ele é um bastardo privilegiado.
Revirei os olhos e me recostei na cadeira. — Tentei falar com eles de forma educada. Eles não ouviram.
— Você os matou na frente da Natália? — Ele sussurrou em um tom horrorizado.
Suspirei, balançando a cabeça. — O que mais você acha que eu deveria ter feito? Admito que foi tentador os deixar a levar, mas o José não concordou com isso.
Ele parou de andar e me encarou. — Não acredito que você realmente pensou em os deixar a levar.
— Isso se chama deixar alguém cuidar do seu problema. — Sorri para ele.
Ele caminhou até a cadeira de visitante e se jogou nela. Seus olhos cor de avelã nunca deixaram meu olhar entediado.
— Ela não é um problema. Ela é sua parceira. — Ele estava