NATÁLIA
O silêncio constante e meu coração contente estavam prestes a me fazer explodir. Eu me sentia tão cheia que as emoções queriam transbordar.
Ele me amava loucamente. Eu queria gritar como uma adolescente só de relembrar o que ele disse e como ele fez amor comigo. Pela primeira vez, o sexo parecia mais do que uma intimidade física. Tinha um significado.
— Ricardo... — Eu chamei por ele, quebrando o feitiço do silêncio após algum tempo.
— Ahhh... — Ele murmurou, aninhando seu nariz no meu cabelo, absorvendo meu cheiro misturado com o dele.
— Quando você vai me iniciar na alcateia? — Eu perguntei, franzindo a testa.
Ele hesitou, respirou, inclinou a cabeça para trás. Seus braços permaneceram em volta da minha cintura, mantendo meu corpo pressionado contra o dele musculoso.
— Eu tenho algumas coisas que preciso fazer antes disso. — Ele suspirou.
Eu me movi em sua direção, querendo ver seu rosto enquanto falava com ele. Ele me deixou me mover e, quando eu me acomodei, seus br