ANA
Ele esticou a língua, umedecendo os lábios grossos. A escuridão de seus olhos parecia se mover como sombras, bela, mas mortal.
Quando percebi como isso soou para ele, tentei explicar sem revelar demais. — Eu não estou planejando dar poção para Natália. Não, eu não preciso fazer isso mais porque Ricardo está lá para protegê-la.
E aquele filho da puta Alfa estava lá para dizer a ela o quão horrível eu sou pelo que fiz também, já que ele não me deixou revelar tudo a ela por conta própria.
— O que você quer dela? — Ele permaneceu impassível, não revelando nada.
Eu o observei por mais um momento. A mandíbula de pedra dele se contraiu, uma veia pulsando sob ela.
— Eu quero que ela diga algo a Natália e ao Alfa Ricardo. — Eu sussurrei, descolando os olhos de sua pele suave.
— Se você sabe o que é, por que não conta a eles você mesma? — Ele evitou o segredo e pulou para a pergunta que me preocupava.
Eu cutuquei a bochecha interna com a língua, bufando.
— Eu teria contado a Natáli