21. Arco-íris Elétrico

Elya sentia o peito estourar de felicidade. Finalmente havia capturado uma quantidade absurda de invocadores, beirando os mil “espécimes” – como gostava de dizer às vezes. Enchendo aquele lugar mais umas vinte vezes, provavelmente acabaria com os malditos invocadores naquela cidade e seria visto como um herói. 

O som de projéteis perfurando crânios era como música para o ouvido de Elya, que permanecia em pé na entrada de portas trancadas com as mãos atrás das costas. A rápida interrupção o deixara nervoso, ainda mais se tratando de projéteis defeituosos. Odiava pagar caro por munições que não funcionavam e aquele não era o momento para que elas falhassem. O cheiro ferruginoso de sangue e os pedaços de ossos e cérebros tomavam o chão das primeiras fileiras de jaulas feito uma pintura dantesca macabra. Uma rápida olhada no canto direito daquele poço foi o bastante para deixá-lo curioso; um garoto abaixado na jaula com as mãos para fora dela, tocando o chão. Elya balançou a

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