“Fernando”
Eram três e meia da manhã quando eu imprimi a última folha daquele trabalho que eu não deveria estar fazendo, mas parecia que eu estava preso ali naquele escritório há dias. A Jennifer não calou a boca nem por um segundo e minha cabeça estava latejando, mesmo que eu tenha ignorado completamente o que ela falava, ainda era como um zumbido no meu ouvido.
Eu enviei uma cópia do trabalho para o meu e-mail, prestei muita atenção ao desligar o computador, ativei o software de monitoramento e bloqueei os acessos até a segunda feira, ninguém tocaria aquela máquina sem mim. Depois que tive um trabalho roubado na faculdade eu aprendi a manter o computador protegido, já era um hábito fazer isso, e conhecendo o pessoal da tecnologia da empresa, colocar as proteções foi fácil. Deixei as cópias impressas na mesa do Bóris e peguei a minha pasta.
- O que você está fazendo? – A Jennifer perguntou enquanto eu pegava a minha pasta.
- Indo embora. – Eu respondi já cansado dela.
- Mas nós não r